Cancerianas que fizeram história

Cancerianos: super criativos e apegados ao que lhes é importante. Se têm uma causa ou um desejo, nem tente segurá-los. Além de serem fiéis às suas lutas, eles também são fortes e decididos. Aquela carapaça deles não está ali por acaso. Com todas essas características, os nativos desse signo só podem não alcançar o sucesso se esquecerem de seguir em frente por perderem tempo demais andando para os lados. Descubra agora 5 grandes personalidades cancerianas.

Malala

“Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo.” Malala Yousafzai nasceu em 12 de julho de 1997 e já é conhecida por ser uma grande defensora dos direitos da educação das mulheres. 

Influenciada por seu pai, que também é um amante do ensino, usando um pseudônimo, ela começou a escrever no blog "Diário de uma estudante paquistanesa" quando sua região foi invadida por membros do Talibã. Eles aterrorizaram através de execuções e ameaças, destruíram a vida social das meninas, proibiram-nas de ter acesso à educação e, como se não bastasse, chegaram a destruir várias escolas. Diferente de muitos líderes de seu país, ela se manteve firme, escondia seus livros nas roupas e, além de estudar, criticava o Talibã abertamente. Ela virou um símbolo na sua região, principalmente para as meninas. Chegou a incomodar tanto as pessoas que tentavam oprimir o movimento que ela defendia que, quando estava no ônibus escolar, um homem entrou e atentou contra sua vida. Ela foi se tratar na Inglaterra, sobreviveu, recebeu vários prêmios, inclusive o Prêmio Nacional da Paz, e está aí estudando e sendo militante em prol da educação.

Parece que tempo de vida não é documento, não é mesmo?

Maria Quitéria

Se você acredita que o Brasil não tem muitas grandes personalidades, saiba que está extremamente enganado. Essa canceriana nasceu em 27 de junho de 1792 em Feira de Santana, na Bahia. Maria Quitéria ficou conhecida por ser a Heroína da Independência. Por questões familiares, ela evitava ficar em casa o máximo possível e foi graças a isso que aprendeu a montar cavalos e manejar armas.

A independência foi proclamada em 1822, porém os portugueses não a aceitaram de bom grado. Começaram a enviar várias tropas para tentar reverter essa situação e, nessa necessidade por novos combatentes, Dom Pedro I pediu que fossem recrutados jovens fazendeiros na tentativa de se defenderem e terem a independência reconhecida. Maria Quitéria gostou da ideia e, sem o apoio do pai, acabou fugindo de casa. Cortou o cabelo, pediu roupas, se fingiu de homem usando o nome de Medeiros e entrou no exército. Quando adquiriu fama por sua bravura e habilidade, seu pai descobriu e a delatou ao Major. Nada mudou. Ela era uma militar boa demais para ser dispensada. Maria Quitéria liderou seu próprio pelotão de mulheres (graças à influência que ela mesma exerceu) afim de evitar que tropas portuguesas desembarcassem no Brasil. Como resultado de todos seus esforços e valentia, Dom Pedro I a homenageou oferecendo-lhe a medalha Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro. 

Quem diria que o Brasil tem sua própria Mulan e que tão poucos sabem disso?

Antonieta de Barros

Ainda sobre heroínas cancerianas brasileiras, Antonieta de Barros foi a primeira deputada negra do país e a primeira deputada mulher de Santa Catarina.

Devido a sua infância difícil, acabou ingressando na escola com 17 anos e, na sua paixão pela educação, se formou e virou Professora de Português e Literatura. Teve tanto sucesso na profissão que chegou até a assumir cargos de direção.

Ficou conhecida por sua luta pelos menos favorecidos, fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, que era voltado para a educação de pessoas carentes; fundou o Jornal A Semana e, graças a esse espaço na imprensa, publicava suas opiniões sobre diversas questões (isso numa época em que o "lugar" de mulher ainda era na cozinha e cuidando dos filhos. Ela se revelou uma fonte de inspiração para muitas mulheres).

Quando deputada, exigiu que houvesse concurso para o preenchimento de cargos do magistério, sugeriu diferentes formas para escolher diretores e ainda lutou para que houvesse disponibilização de bolsas de estudos de cursos superiores para alunos carentes. 

Quem disse que lugar de mulher não é na política?

Meryl Streep

Mary Louise Streep nasceu no dia 22 de junho de 1949. É atriz de teatro, televisão e cinema. Todos sabem que ela é uma excelente profissional, uma das mais premiadas, e é recordista de indicações ao Oscar. Agora e sobre as causas que defende?

Essa canceriana é uma militante feminista — apesar de se dizer humanista —, luta pela igualdade de gênero, para que tanto homens quanto mulheres tenham os mesmos direitos e benefícios. Fez parte da iniciativa da Casa Branca "Let girls learn" (Deixe as garotas aprenderem) junto a Michelle Obama e também apoiou o movimento "The United States of Women" (Os Estados Unidos das Mulheres) que luta pela igualdade de salários e gêneros. Quem não se lembra da empolgação dela no Oscar 2015 ao ouvir o discurso da Patricia Arquette?

Além da luta pela defesa dos direitos das mulheres, Meryl Streep também defende a causa do aquecimento global, narrou a "Coleção Geografia e o Aquecimento Global" , chegou a fazer um apelo na televisão para conscientizar mais as pessoas sobre a questão e também participou do documentário "Race to Save the Planet." 

Uma salva de palmas para essa querida atriz que ainda pode nos dar muito mais orgulho.

Princesa Diana

Começamos falando de uma criança e acabaremos nos contos de fadas. A princesa Diana nasceu no dia 1 de julho de 1961. Foi e ainda é muito amada, porque ficou conhecida como "gente como a gente". Trabalhava como professora de jardim de infância antes de começar a sair e eventualmente se casar com Príncipe Charles. 

Relacionamentos polêmicos à parte, Lady Di, além de um ícone da moda e influenciar a vestimenta de várias mulheres ao redor do mundo, também era muito querida por suas obras de caridade. Ajudou mais de 100 instituições, e suas causas mais defendidas eram o combate contra a AIDS e a luta contra minas terrestres (explosivas) na África.

Numa época em que a AIDS ainda era um assunto muito delicado e cheio de preconceitos (ainda mais do que encontramos hoje), em 1987, ela rompeu o protocolo numa visita ao Hospital Middlesex, na Inglaterra, e cumprimentou 9 pacientes infectados com o vírus HIV sem luvas. Foi a primeira vez que uma grande personalidade foi fotografada nessa situação.

Em sua longa luta contra as minas explosivas na África, chegou a trabalhar com a ONG Hallo Trust, em Angola, ajudou na Campanha Internacional pela Proibição de Minas Terrestres (IBCL, em inglês), e influenciou diretamente a criação do Tratado de Proibição de Minas Antipessoais (Tratado de Otawa) devido a sua atitude de ter sido vista caminhando num campo minado na Angola, e por ter sido fotografada com crianças mutiladas por essas minas. Graças a essas ações de Lady Di, a luta da IBCL foi muito mais divulgada e as pessoas foram mais conscientizadas de que esse era um sério problema que estava sendo negligenciado até então.

Ao que tudo indica, ser uma boa princesa exige muito mais do que lindos vestidos e exaustivas reuniões. Essa princesa canceriana é o exemplo de humildade que todos nós deveríamos seguir.

Confira também: