Palhaceando as relações humanas

Retomo aqui essa minha gratificante experiência que tanto tem me impactado nos últimos tempos, que é a de “ser palhaço nas áreas da saúde”, mais precisamente em um hospital público de grande movimento, com uma estrutura complexa de atendimento de pacientes de todas as idades e de todo o Estado de São Paulo; que o torna um grande ambiente para as mais diferentes manifestações para com os “nossos palhaços".

Isso acontece até mesmo nos menores e simples detalhes, vindo das mais diferentes crianças [crescidas ou não]... como um olhar de espanto... um sorriso acanhado... uma expressão de dor e de alegria... uma parada brusca de um choro... um jeito tímido de aceitar e envolver-se uma simples brincadeira... um agradecimento sincero e profundo por estarmos ali levando essa alegria e descontração, simples e natural, como deveria ser sempre o “vivenciar e celebrar a vida”. 

Realmente são momentos mais do que especiais e significativos, pois logo na calçada do hospital já “brincamos” com as pessoas que passam por ali, o que se repete ao longo da entrada do mesmo, envolvendo inclusive os profissionais de saúde, os administrativos, os seguranças, as pessoas da limpeza, as crianças e demais pacientes, com os seus acompanhantes, que não raramente nos pedem para abordarmos essa ou aquela pessoa, pois percebem em nós uma fonte de alegria, de solidariedade, de carinho e porque não dizer de “saúde mental”, pois já estão ali buscando a “saúde física”.

Logo, somamos esforços com esses dedicados profissionais da saúde que percebem na nossa atuação, um mecanismo de aumento da motivação dos pacientes e uma disposição maior pela superação dos seus desafios, favorecendo um repensar positivamente que ajuda na melhoria do clima entre todos, pois num grau maior ou menor, todos nós precisamos uns dos outros.

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