Quanta felicidade o dinheiro realmente traz?

Dinheiro traz felicidade? Essa é uma das perguntas mais feitas em todo o mundo. Crescemos estudando para um dia poder trabalhar e, quando esse dia chega, trabalhamos para poder ganhar dinheiro. Você gostando ou não, é inegável que ele é necessário para sobrevivermos na forma como a sociedade se organiza hoje. Por outro lado, se precisamos de dinheiro, até que ponto ele nos faz feliz?

Filósofos, psicólogos, antropólogos e até mesmo economistas tentam responder essa pergunta. Alguns alegam que conhecem ricos infelizes, por outro lado, também vemos ricos muito felizes e pobres infelizes. E, se formos analisar caso a caso, é impossível definir uma resposta que sirva para todos, pois nem todos encontram a felicidade da mesma maneira. Cada um terá o seu próprio meio para isso.

Um estudo interessante que podemos observar para refletir melhor sobre a questão de dinheiro e felicidade é a pirâmide de Maslow.

Maslow foi um psicólogo nascido nos Estados Unidos, percursor de uma vertente da psicologia chamada Psicologia Humanista. O seu estudo mais difundido fala sobre as necessidades humanas e como elas se sobrepõem como o formato de uma pirâmide. Nela, as necessidades básicas ficam na base, e a realização pessoal fica no topo. O que podemos interpretar a partir desse estudo é como a felicidade não aparece se você focar em apenas um desses degraus da pirâmide de Maslow.

Na base da pirâmide temos as necessidades fisiológicas como: comer, beber, respirar, fazer sexo, dormir e todas as necessidades físicas que temos. Num degrau acima estão as necessidades de segurança como: ter uma carreira profissional, uma casa para morar, fazer parte de uma comunidade, entre outras necessidades que te dão segurança. No terceiro degrau temos as necessidades afetivas e emocionais que são as relacionadas à vida amorosa e à vida social, ter amigos e conviver com outras pessoas. No próximo degrau temos as necessidades de estima como: autoestima, respeito, reconhecimento pelo que faz, confiança, conquistas. E por último, no topo da pirâmide, temos a necessidade de realização pessoal. Podemos interpretá-la como a necessidade de realizar sonhos, encontrar algo no mundo que você se engaje e tenha vontade de fazer, algo que te faça sentir útil e que está utilizando todo o seu potencial.

Levando em conta esse estudo de Maslow, podemos ver como o dinheiro serve para as necessidades dos dois primeiros níveis da pirâmide: o fisiológico e o de segurança. Mas não é o fator determinante para os outros degraus. Por exemplo: você mal pode ter dinheiro suficiente para comprar comida e pagar o aluguel do mês (necessidade fisiológica e de segurança), mas mesmo assim pode ter amigos, um caso amoroso e se envolver com algum hobby que te traga realização pessoal (níveis mais acima da pirâmide).

Dessa forma, podemos ver o que o dinheiro pode fazer por nós. E o que é importante nessa reflexão é reconhecer que nem tudo vem para você por causa dele. Ter estabilidade financeira é bom e ajuda muito, mas não podemos ficar presos acreditando que somente isso vai trazer felicidade. A felicidade é a soma da saciedade de diversas necessidades que temos, algumas que precisam de dinheiro e outras não.

Aproveite esse momento para refletir sobre o dinheiro. Com esforço e um bom planejamento, ele virá até você. Mas também não pense somente nele. Pense em como pode ter outras fontes de felicidade, e que não custam nem um único centavo, por exemplo, o amor e as verdadeiras amizades.

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