Roteiro evolutivo

Estamos aqui para evoluir, isso não é novidade para quem busca um caminho espiritual. Aqui no ocidente, o conceito de reencarnação e evolução é relativamente novo, pois a nossa educação religiosa excluiu este conceito. No oriente ocorre o oposto, pois desde as eras mais remotas a reencarnação faz parte dos estudos religiosos e toda a educação moral e religiosa parte deste princípio. Creio que é uma questão de tempo para que a reencarnação se encontre evidenciada pelo meio científico. 

Teorias já existem, mas chegará o momento em que a ciência mudará seu foco, sairá do foco materialista para dar ênfase ao espírito. Esta será, para mim, a maior revolução da história humana, pois a partir daí toda a estrutura socioeconômica e educacional precisará ser reformada. E quando digo que a descoberta do espírito pela ciência será a maior revolução já vista, é porque finalmente passaremos a entender o real significado da vida. Nossos valores precisarão mudar drasticamente. Nossa visão sobre o papel da natureza se ampliará e nós, certamente não conseguiremos mais viver da forma egoísta e displicente como vivemos hoje.

Entendo que para isso, ainda existe um longo caminho a ser percorrido. Feliz daquele que consegue se libertar disso tudo sem a necessidade de esperar o aval da ciência. Feliz daquele que passa a fazer da sua vida uma incansável busca pela razão maior disso tudo. Feliz daquele que entende que espiritualidade não é crença, não é religião e não tem nada a ver com fanatismo, mas diz respeito única e exclusivamente sobre você mesmo.

Não precisamos esperar nada para darmos mais atenção à nossa essência espiritual, porque é por ela que estamos aqui. Mas por onde começar?

1. Primeiramente precisamos buscar o conhecimento. Esta é a base para qualquer empreendimento. Sem conhecimento não saberemos para onde ir. Aqui gostaria de dar ênfase a duas linhas de conhecimento específicas: O conhecimento dos mecanismos da vida na evolução da consciência e o conhecimento moral trazido pelos grandes mestres.

2. O segundo passo é o autoconhecimento, ou seja, o conhecimento de si mesmo. Esse conhecimento exige maior esforço do que o anterior, pois para conhecermos a nós mesmos, para entender como somos e porque somos o que somos, precisamos de uma grande dose de humildade para admitirmos nossas falhas de comportamento. Estas são as peças chaves para mudarmos a nossa realidade pessoal.

3. O terceiro passo é a ação. Se em um primeiro momento nós buscamos o conhecimento das leis que regulamentam a evolução (por exemplo, a lei de causa e efeito e as máximas morais ensinadas pelos grandes mestres) e, em um segundo momento, por meio da autoanálise, nós podemos verificar se o nosso comportamento é compatível ou não com a moralidade cósmica, então agora nós temos ferramentas suficientes para começar um trabalho de renovação interna. Isso é o que os orientais chamam de Dharma, ou seja, acumular créditos por meio de ações corretas.

Não é tão difícil assim, só depende de nosso esforço e o maior beneficiado sempre será aquele que trabalhou pela própria evolução. E quando nós saímos ganhando espiritualmente, todos a nossa volta também ganharão. Talvez foi por isso que Gandhi afirmou:

"Quando um único homem chega à plenitude do amor, neutraliza o ódio de milhões".

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