A vida traz

Descobri uma coisa: não é possível fugir da vida!

Fico pensando nos meus velhos sonhos de perseguição com monstros. Um dia, a minha terapeuta da época me disse vire para o monstro e o encare. Eu virei, na minha imaginação, e aquilo que eu acreditava ser um monstro horrível, era só a minha imaginação.

Quando somos crianças é a mesma coisa. Imaginamos que as coisas são grandes. Lembro-me de entrar novamente na casa onde passei alguns anos de minha infância e pensar poxa, eu achei que aqui fosse bem maior. Por que era só uma perspectiva, só uma maneira de olhar. Depois de crescida, as coisas pareciam bem mais fáceis e bem menores.

Existem lições das quais não podemos fugir. E quanto mais fugimos delas, mais elas nos assombram em sonhos e realidades. Elas precisam e querem ser ouvidas, a nossa alma precisa delas na sua evolução. No momento, eu estou aprendendo a suportar a pressão. A pressão social, financeira, física, emocional. Espero me sair bem.

Neste ano de 2008, aprendi lições importantes. Aprendi que posso mais do que imagino, mas que ainda posso mais ainda do que imagino agora. Aprendi Deus! Sim, Deus dentro da gente se aprende. Eu estava no meu quarto, pensando na vida, e senti uma energia forte percorrer todo o meu corpo. Sabia que aquilo era uma coisa estranha, mas sabia que era bom demais e significava algo muito profundo. De repente os problemas nos quais eu estava pensando sumiram e eu era uma super heroína capaz de tudo. Eu tinha encontrado Deus, o meu Deus, a minha energia interna.

Reencontrei a felicidade plena. Ela é rara, só acontece de vez em quando. É quando uma coisa muito boa, muito boa, toma conta de todo o seu corpo e você não consegue mais nada a não ser viver aquela felicidade. Você sorri porque sim. Você se sente preenchido de uma energia imensa e maravilhosa, de um poder de tudo e de todos.

Aprendi a dizer adeus, mesmo que o amor ainda exista. Que eu precisava amar mais a mim do que a qualquer pessoa no Universo. Que o outro pode, apesar do amor, fazer um mal que ele faz a si mesmo. Que podemos ser felizes mesmo estando tristes com algumas situações.

Aprendi, de novo, que as lições são necessárias e não temos como fugir delas. E talvez esta tenha sido a maior lição de 2008. Assim, termino o ano em paz, sabendo que só irei passar pelas coisas que eu necessito. E que, se olhar os monstros de frente, saberei o que fazer com eles. Porque meu Deus interno sabe, e faz. E é ele quem me guia.

Que em 2009, eu, você e todo o planeta continuem tendo as suas lições. Mas que, desta vez, nós possamos olhar para cada uma delas de frente. Entendê-las, aceitá-las, degluti-las, enfrentá-las. Chamar esta força interna e ir tocando em frente.

Porque a vida é um eterno aprender. Cair. Levantar. E viver!

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