Adolescência e amigos

Esta história é preciso contar!

Foi uma amiga que me contou, nem me lembro como foi que o papo surgiu, talvez porque estávamos falando sobre adolescentes e a dureza e sofrimento que esta idade traz a todos, ou quase! Ela me contou sobre uma dessas garotas que estava infeliz demais para sobreviver a vida do dia a dia tão vil para com ela, a rotina e a "indiferença" das meninas que não queriam nem mesmo ser suas colegas na escola e chegar perto dela na hora do lanche.

De mal com tudo e todos, como é bem comum nesta idade na adolescência e sem ter os aparatos da moda, com aquelas marcas que ficam visíveis, além do que o rostinho de todas as mocinhas nesta época sofrem também com a instabilidade hormonal - sabemos o que isso significa - espinhas e cólicas, e claro sem deixar de lado a não menos terrível e devastadora labilidade de humor e aquela dramaticidade total.

A mãe desta mocinha em questão pensou que poderia ajudar com um gasto extra uma vez pelo menos e favorecer a filha adolescente em sua "tristeza total e absoluta para ver onde isso poderia ajudá-la". Propôs a ela que fossem numa loja comum, não naquelas lojas tipo "outlet", mas desta vez a uma loja que ela mesma escolhesse as roupas que fossem do gosto dela também!

Então, isso por si só, já deu uma boa levantada no astral da garota, o efeito no colégio onde a vontade de fazer mais sucesso com as outras meninas foi grande, na verdade foi maravilhoso!

Acabou realmente “causando” impacto e as meninas que nem a olhavam para nada, pararam para lhe dar sorrisos e quem sabe mais tarde ou em outro dia até fossem bater um papinho.

Ao chegar em casa radiante logo no primeiro dia, correu para contar para a mãe o acontecido. Pouco, mas suficiente para fazer um bom resultado aos olhos da filha que tanto queria ser vista e poder fazer parte do seleto grupinho de meninas da sua escola.

A mãe a ouviu calada e então perguntou à filha: “O que realmente mudou em você, querida?”. A menina pensou um pouco e disse: “A roupa que vesti hoje, mamãe!”. Ficaram em silêncio por algum tempo e então a mãe lhe perguntou: “O que você pensa disso, filha?”. A garota balança a cabeça chateada, porém já bem mais consciente do tipo de pessoa que para a cabecinha dela pareciam tão importantes pouco tempo antes...

O que todos aprendemos junto com esta garota e a sua mãe, uma excelente professora?

Penso que a mãe nos ensina, aqui nesta história, que o mais importante não tem marca, que o mais importante é o que somos, não o que vestimos!

O que vestimos certamente é possível trocar quantas vezes quisermos, o que somos foi construído com tempo, é mais elaborado e difícil do que a troca de uma peça do vestuário.

Claro que nos aperfeiçoamos e com bastante esforço chegamos a mudar muito enquanto vivemos, mas é muito mais complicado do que mudar de marca de roupa, sapato, bolsas ou até de marca de carro, isso posso garantir!

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