Plutão: chave para a transformação

O planeta Plutão simboliza uma dimensão da vida tão complexa e com fontes tão profundas que uma aura de mistério rodeia o significado deste planeta no horóscopo de nascimento.

Desde a sua descoberta, por volta de 1905, até sua verdadeira visão em 1930, várias tentativas têm sido feitas para clarificar o seu significado. Embora muitos artigos tenham sido escritos sobre a influência de Plutão no carma de massas e nos acontecimentos terrenos, parece que existe sempre algo escondido acerca do planeta, especialmente no que se refere a uma explicação acerca do seu significado para o ser humano considerado individualmente.

A posição de Plutão no horóscopo natal revela o velho ego ou o velho invólucro da personalidade que continua ativo e ainda guarda uma considerável concentração de energia psíquica. A posição de casa de Plutão mostra também em que área da vida a pessoa está lutando para se desfazer de um velho desejo ou modelo de comportamento, e onde os resultados desse impulso de ultrapassagem são, muitas vezes, criadores de angústias e sofrimentos.

Mas, quer o consideremos relativamente à experiência individual, quer aos fenômenos coletivos, Plutão simboliza sempre uma forma de poder extremamente concentrada.

Plutão simboliza um tipo de poder que só pode ser usado criativa e positivamente quando o seu uso está, na medida necessária, espiritualmente orientado, visto que a evolução e a cura espiritual em profundidade são as únicas áreas da experiência nas quais as forças de Plutão podem ser utilizadas sem um direcionamento negativo.

A função da energia plutoniana pode ser melhor avaliada quando observamos o significado dos trânsitos de Plutão por pontos importantes do horóscopo de nascimento.

Os trânsitos de Plutão referem-se, de modo geral, à morte e à destruição do antigo, sendo esta destruição necessária a fim de se criar espaço para o novo. Este é, aliás, um ponto importante acerca dos trânsitos dos planetas Saturno, Urano, Netuno e Plutão: as alterações que acontecem durante estes períodos são tão intensas e concentradas - e ao mesmo tempo as suas implicações na vida tão sutis - que é simplesmente impossível, para a maior parte das pessoas, assimilar num curto espaço de tempo, o significado desta transição.

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Apenas sentimos como se nos tirassem o tapete debaixo do pés, deixando-nos desorientados e com a noção de que, ao mesmo tempo em que o velho é colocado de lado, não há base firme de apoio, nada de seguro e familiar a que nos agarremos. Trata-se de uma sensação de grande insegurança, muitas vezes acompanhada por sintomas de desintegração físicos e/ou psicológicos.

Vista à luz da reencarnação e da lei do carma, a influência do planeta Plutão pode tornar-se mais clara. Por exemplo, os trânsitos de Plutão têm como efeito destruir e eliminar os velhos modelos psicológicos que podem ser considerados como resíduos dos pensamentos e ações passados. Se todas as pessoas (ou almas) viveram muitas vidas em corpos distintos, é bastante razoável acreditarmos que a memória e as impressões das ações e pensamentos dessas vidas permaneçam no espírito inconsciente.

Relativamente à teoria da reencarnação, estas concentrações de energia psíquica podem ser vistas como os resultados (carmas) de pensamentos, desejos e ações passados. Os trânsitos de Plutão parecem, assim, varrer muitos destes resíduos cármicos em determinada área da vida, dando à pessoa, uma maior possibilidade de se exprimir com maior liberdade psicológica. 

Os trânsitos de Plutão, portanto, servem para acelerar a nossa evolução, destruindo as nossas ligações com o velho e criando espaço para o novo.

No entanto, na maior parte dos casos, a experiência destes trânsitos é menos responsável pelo stress causado, do que o pânico, o medo e a ansiedade que rapidamente se apoderam da maioria das pessoas.

Como nós seres humanos somos criaturas de hábitos, e, portanto, raramente inclinados a abandonar a velha e familiar segurança dos modelos passados de vida, resistimos, regra geral, à mudança - o que apenas tem como efeito aumentar a pressão e a tensão internas.

A única coisa que pode nos ajudar a vencer esses períodos com equilíbrio psíquico é uma fé inabalável na sabedoria e na ordem da própria vida.

Esta fé deve basear-se no conhecimento real das leis universais, visto que uma fé sem alicerces a que uma pessoa se agarre só para fugir do medo, desaba inevitavelmente logo que somos confrontados com os verdadeiros desafios.

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