Quando não sabemos onde ir, temos ansiedade

Para quem não sabe que caminho seguir, qualquer caminho serve. Essa frase dita pelo Gato Cheshire à Alice, em Alice no País das Maravilhas, escrita por Lewis Carroll, esboça bem que, quando não sabemos o que desejamos, nem o que queremos de nossa vida, seguimos aquilo que aparece. Vivemos o que vier e acabamos vivendo o sonho de outras pessoas.

O pior é que esse não saber, não evita que tenhamos dificuldade. E quando os problemas aparecerem não saberemos a razão de estarmos os enfrentando. Isso irá gerar em nós ansiedade e estresse.

Para exemplificar, pense em um alpinista. Ele tem uma meta clara, e subir uma montanha não é algo agradável. Requer empenho, dedicação, suor e muito, mas muito esforço físico. Não é algo prazeroso. Porém, quando alcançam o cume, após descerem, eles iniciam o processo novamente. Mas por quê? O que os motiva? Com certeza cada um deles tem sua própria motivação, mas é bem óbvio que eles têm seu objetivo e motivador muito claros.

Assim, se faz necessário que tenhamos também clareza em nossos objetivos, no que queremos alcançar, nos sonhos que queremos viver. Se não sabemos quais são os nossos sonhos, acabamos vivendo o sonho de outra pessoa. No momento em que as dificuldades aparecem, entramos em sofrimento por não saber o que nos motiva, o que gera nossa ação de subir a montanha.

Silhueta de uma homem em cima de uma motanha

Eu não sei quais as montanhas você está enfrentando hoje, mas sei que precisa saber o seu motivo de subi-la. E talvez até mesmo mudar a montanha, caso veja que esse não é seu objetivo.

Quando eu estava trabalhando como gerente comercial, tive 3 grandes anos. Havia acabado de ter mais uma promoção, pois tivera grandes resultados. Então veio minha filha e com ela a lembrança de um sonho que era trabalhar integralmente com a Psicologia. Decidi que era hora de subir outra montanha, um novo desafio.

Essa decisão foi tomada quando olhei para meus valores, para o que eu achava importante e também quando me perguntei como queria lembrar da vida que vivi em meu leito de morte. Essa é uma pergunta importante.

A Dra. Ana Claudia, em seu livro, “A morte é um dia que vale a pena viver”, refere que só temos uma morte com sentido quando vivemos uma vida com sentido, com propósito e significado. Se não auxiliamos ninguém, se apenas nos preocupamos com nossos problemas, se não sabemos o motivo de sentirmos ansiedade, se não sabemos por que nossa vida é estressante, se não olharmos profundamente para nosso real propósito, se torna impossível ter uma vida com sentido.

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Se faz importante conhecermos os nossos valores, as pessoas que são importantes em nossa vida, as relações que necessitamos manter, as identidades que assumimos para beneficiar as pessoas e o que aspiramos fazer com o tempo que temos nesse mundo. Quem conhece bem seu caminho, vive de verdade. Quem conhece e tem claro esse objetivo, vive de maneira verdadeira. Não importa qual seja esse objetivo, viva sua vida de maneira plena.

Trilhe seu próprio caminho.

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